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RESULTADO DA REUNIÃO DA COMISSÃO CAIXA/CONTEC COM O BANCO

Ocorreu ontem, 27,  de forma virtual, a segunda  rodada de negociações junto à Caixa Econômica Federal sobre a Campanha Salarial 2022/2024, com a presença de várias representações da Caixa, sob a coordenação da Janaína Bosa Daniel, e a representação dos  empregados através da Comissão Caixa/Contec sob  a coordenação de Carlos Roberto Rodrigues – Carlão.

Dentre os assuntos discutidos foram Saúde Caixa e Metas.

A Comissão Caixa, depois de vários pedidos pelas entidades sindicais, anunciou a contratação de mais 500 empregados para os próximos dias, considerando que já foram feitos os exames admissionais.

Na oportunidade a Comissão Contec pediu à Caixa que antes das lotações destes novos empregados, sejam atendidos os pedidos de transferência já registrados nos sistemas.  A Caixa informou que irá abrir novas inscrições para que os empregados possam se manifestar.
Com relação ao pleito da última reunião quanto à prorrogação do Acordo vigente 2020/2022, a Caixa informou que o acordo será construído ao longo das reuniões, tendo em vista que a empresa também tem suas propostas e alguns ajustes.

Começando pelo  Saúde Caixa , a Caixa apresentou vários dados sobre o Saúde Caixa, como o número de associados ao plano, como também os resultados de arrecadação e despesas até o presente. Esta apresentação se torna cada vez mais importante para que as entidades tomem conhecimento atualizado destes dados.  Dentre estes dados que foram cobrados pelo GT Saúde quando das discussões do custeio em 2021, a Caixa comunicou que tem buscado maior eficiência no atendimento, com o intuito de tornar cada vez mais próxima dos empregados através de seus aplicativos e canais de atendimento.  Informou também que para 2023 será revisto o custeio do plano através do Grupos de Trabalho, mesas de negociação e participação dos usuários.

A Comissão Contec solicitou à Caixa a necessidade urgente de retomar o PCMSO de forma eficiente, considerando ainda o momento vivenciado pelos empregados e a necessidade de serem relatados e acompanhados pela área de saúde da caixa.

Outro ponto importante que gerou questionamento pela comissão dos empregados foi uma abordagem da Caixa sobre Estratégia de Credenciar através de Novos Modelos de Remuneração e Pacotes. Perguntada sobre isto, a Caixa informou que estuda a viabilidade junto a rede credenciada e até outras, de se avaliar a contratação de serviços por um valor acordado independentemente do número de pessoas a serem atendidas.  Este processo ajudará em muito no controle e utilização dos associados.  Contudo será avaliado com muitos critérios do risco tanto para o plano como para o credenciado no tocante a baixa ou alta procura.

Outro ponto reforçado pelos representantes dos empregados foi a continuidade dos empregados admitidos após 1998 permanecerem no plano após a aposentadoria.  Segundo a Caixa, este tema deverá ser discutido em 2023 no GT Saúde, entidades sindicais e  empregados.

METAS
Na sequência a Comissão Contec cobrou com insistência e dados o que vem fazendo constantemente em quase todas as reuniões. A forma como as metas são colocadas e mais ainda como elas têm sido cobradas. Para os empregados, a Caixa não consegue fazer um planejamento eficaz sobre  metas e seus prazos e a consequência disto acaba no gestor da unidade, com excesso de reuniões, lembranças, e muitas vezes colocando em risco a comissão do empregado. Para as entidades, metas existem em quase todas as empresas, porém elas devem ser mensuradas de forma razoável a realidade em que vivemos e a alta concorrência no setor. É preciso deixar o gestor e a equipe planejar o que a empresa propõe sem ter tanta interferência como vem ocorrendo hoje, e mais ainda, sem que sejam majoradas a qualquer tempo e feitas novas inclusões de outros produtos de forma até intempestiva, provocando um grande stress nos empregados. Sabemos que os empregados tem um caminho a percorrer, mas impor fardos pesados que dificultam ainda mais, oferece grande risco para o adoecimento, o desanimo, que temos percebido no cotidiano de nossas visitas as unidades. Outra questão é o 0800 que os gerentes trazem nos seus celulares, que apesar de o retorno do pedido dos clientes virem sobre o horário do atendimento, este gestor, já leva esta preocupação para casa, e no dia seguinte já começa com toda esta demanda a ser atendida.

Para o representante da Fenag, é preciso humanizar mais as relações e oferecer mais cursos e diálogo com a categoria de forma a buscar o equilíbrio entre metas e pessoas para que os resultados aconteçam de forma normal e não sob pressão.

A Comissão apresentou à Caixa situações que acabam constrangendo os gestores/empregados quando os mesmos são cobrados a indicar aplicação em poupança, outras vezes em Fundo de ações da seguridade, que teve parte privatizada, quando existem outras aplicações com maior rentabilidade e sem riscos.  Estas metas em nosso entendimento acarretam em descrédito dos gestores e até da empresa.

Também foi cobrado da Caixa que existam critérios efetivos na liberação de verbas para o Pronamp de forma a não gerar inadimplências neste segmento, devido a criticas que vêm ocorrendo na forma de concessão. A Caixa alegou que avaliou os empréstimos, os riscos e que existem garantias para os mesmos.

Por fim, a Comissão dos empregados Caixa/Contec pediu mais efetividade da Caixa no tocante a forma como tem feito a cobrança das metas, bem como a mensuração das mesmas.