Nossa História

 

 

O QUE É O SINDICATO?

Um Sindicato é uma associação de trabalhadores tendo como função defender os seus interesses e direitos profissionais e de sua cidadania. Cada trabalhador é livre de participar na constituição de um sindicato e dele se tornar sócio, sendo o conjunto dos trabalhadores organizados num sindicato livre de estruturar e regular o seu funcionamento e definir as formas e os objetivos da ação coletiva.

Os sindicatos assumem atualmente um papel primordial na nossa sociedade face às graves crises nacionais a que assistimos. Nas sociedades modernas, a organização segundo interesses comuns é cada vez mais uma necessidade.

Aliás, salienta-se a capacidade negocial que um sindicato detém, concretamente, o direito de contratação coletiva, constitucionalmente consagrado, bem como a capacidade judiciária (isto é, o fato de poderem intervir como parte legítima em ações judicia         is) e o direito de participação (nomeadamente na elaboração da legislação laboral).

Toda a ação sindical é um contributo dos trabalhadores não apenas para a defesa dos seus próprios interesses, como também para o desenvolvimento da própria sociedade.

O sindicato não se limita a tratar dos problemas coletivos, decorrentes do exercício da própria profissão, mas igualmente se preocupa com a condição social dos trabalhadores enquanto cidadãos, estando aí a ação sindical direcionada para questões extra profissionais.

Dr. Casemiro Laporte

HISTÓRIA DO SEEB LAGES SC – SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE LAGES E REGIÃO

Contada por Julcemar Jorge Patrício

Fundação do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos bancários de Lages e Região

No dia 09 de maio de 1973, foi fundado o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages, fruto do desmembramento do Sindicato dos Empregados dos Bancários de Rio do Sul, o qual foi fundado em 05 de dezembro de 1968 e nesta data, a cidade de Lages formava a sua base territorial.

A assembleia de fundação, do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages e Região foi realizada no dia 17 de maio de 1973, obedecendo ao Edital de Convocação de fundação do Sindicato, convocada pela Comissão Provisória formada para este fim e composta pelos senhores: Ênio José Balardim; Cristiano Jorge Guaraci Gueter; Euclides Rita da Silva  entre outros.

A assembleia de formação e eleição da primeira diretoria do Sindicato dos empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages foi realizada no dia 15 de setembro de 1973, tendo por local a sede social da entidade, cita a Rua Presidente Nereu Ramos 73, 10º andar, cidade de Lages SC.

Participaram da assembleia 12 empregados dos diversos Bancos da cidade de Lages, sendo eles: Enio José Balardim, Cristiano Jorge Guaraci Gueter, Adilson Rogério G. Figueiredo, Nassin Nacif, Geraldo José Krebs, Antônio Paulo Ramos de Athayde, Harri Rodrigues, Aldérico Fogaça, Hélio João de Castro Krebs, Adilson Fernandes, Edson Diogo do Castro e Jairo Luiz Ramos Filho.

A diretoria executiva eleita em assembleia para dirigir a entidade ficou assim constituída
Presidente: Enio José Balardim;
Secretário: Cristiano Jorge Guaraci Gueter, e
Tesoureiro: Euclides Rita da Silva.

A Base territorial do Sindicato: A base é constituída pela região de cidades à qual este atende e no SEEB Lages é formada pelas agências bancárias dos municípios Abdon Batista, Anita Garibaldi, Bom Jardim da Serra, Campo Belo, Celso Ramos, Correia Pinto, Curitibanos, Lages, Otacílio Costa, Ponte Alta, Santa Cecília, São Joaquim, São José do Cerrito e Urupema

Criação da Bandeira e Logomarca do Sindicato

A diretoria do SEEB Lages em uma reunião de diretoria, decidiu que a exemplo de outros Sindicatos, precisava criar uma Bandeira e uma logomarca para a entidade.  A escolha da Logomarca e da Bandeira ocorreu no concurso aberto pelo SEEB Lages, num processo aberto aos interessados. Inscreveram-se 3 trabalhos de criação de Bandeira e Logomarca e o vencedor foi o trabalho de Serigrafia do ex-bancário Salvito Sutil da Silva.

Logo

 

Bandeira

TRAJETÓRIA SEEB LAGES

INTERVENÇÃO NO SINDICATO E DITADURA MILITAR

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages, a exemplo de diversos sindicatos do Brasil, sofreu com a ditadura militar, nos anos de chumbo, quando tiveram seus direitos legais restritos, em virtude do regime de exceção vigente à época, quando todos os atos do Sindicato eram vigiados e monitorados pelo Governo Federal, por meio do P2 do Exército, que eram agentes a paisana, infiltrados nos movimentos populares, principalmente por ocasião das Assembléias Gerais Extraordinárias, para decidir sobre a adesão ou não, as Greves da Categoria. O presidente Senhor Walter Ferreira, empregado do BESC- Banco do Estado de Santa Catarina foi quem conduziu com serenidade e responsabilidade os destinos do Seeb Lages e Região neste período de turbulência.

LAGES E A FEDERAÇÃO

O Sindicato foi fundamental na mudança de postura da Federação dos Empregados no Estado de Santa Catarina, quando apoiou para presidente, o companheiro João Barbosa, do SEEB de Joinville.

A diretoria anterior da FEEB SC teve uma administração financeira desastrosa e era preciso mudar este quadro. Com a posição do SEEB Lages, juntamente com os Sindicatos de Joinville, Rio do Sul, conseguimos a união das entidades associadas, para a mudança de rumo da administração da FEEB SC, quando assim trocamos o comando da instituição, elegemos João Barbosa, para presidente, o qual recuperou as finanças e a credibilidade da Federação.

Além da luta pelos direitos dos bancários, o Sindicato também se preocupou com a saúde e lazer da categoria, para isto promoveu competições esportivas, como Futebol de Salão, Futebol Suíço, Voleibol Masculino e Feminino, Jogos de Mesa, Bailes, Concurso A Mais Bela Bancária, Jantares Dançantes.

Os fatos aqui narrados são comprovados por recortes de jornais, fotos e do informativo do Sindicato a “TROMBETA”.

PRESIDENTES DA ENTIDADE A PARTIR DE SUA FUNDAÇÃO

Os presidentes que comandaram o Sindicato, juntamente com as diretorias eleitas durante toda a existência do Sindicato dos Bancários de Lages foram:

Enio José  Balardim

Presidente fundador, da entidade em 17 de maio de 1973; 

Walter Ferreira

Mandatos de,  05/09/1975  a 04 /09/78 ; de  05/09/1978 a 04/09/1981;De 05/09/1981 a 1984 e  e 05/09/1984 a 04/09/1987. Falecido no ano de 1989

Julcemar Jorge Patrício

Mandatos de 05/09/1987 a 04/09/1992; de 05/09/1992 a 04/09/1994; de 05/09/1994 a 04/09/1998; de 05/09/1998 a 04/09/2002 e de 05/09/2002 a 04/09/2006.

Renato Marcos Dambroz

Mandatos de 05/09/2006 a 04/09/2010; de 05/09/2010 a 04/09/2014;de  05/09/2014  a 04/09/2018 ; de 05/09/2018  a  04/09/2022 , renunciou o mandato em dezembro de 2019.

Com a renúncia do Presidente Renato Marcos Dambroz, pela adesão ao Plano de demissão Voluntária, assumiu a presidência do Sindicato a Sra. Eliane Enkemaier, que comandará a entidade, juntamente com a diretoria, até o final do atual mandato em 04/09/2022.

Lazer promovido pelo SEEB Lages e Região

O Sindicato por alguns anos realizou o Baile do Bancário, oportunidade em que a categoria se confraternizava em comemoração ao Dia do Bancário, que ocorre no dia 28 de agosto.

Só para registrar, foi num baile do Bancário no clube 1º e Julho, que eu conheci a minha Esposa.

Outros Eventos que marcaram a História do Seeb Lages e Região, foram dois Concursos da “Mais Bela Bancária” da categoria, realizados, nos anos de 1978 e 1987.

O segundo evento da  “A Mais Bela Bancária” do Sindicato dos Bancários de Lages, foi realizado na Boate Companhia Ltda., em 27/11/1987, local recém inaugurado e mais badalado da cidade. Esta edição contou com a participação de 12 candidatas de várias cidades da base territorial do Sindicato, marcando a grande representatividade do Sindicato, além de contar com a participação de um grande número de bancários que prestigiaram esta iniciativa.

Fotos do evento

Campeonato dos Bancários integrando a categoria.

Conquistamos mais um título de Campeão Estadual dos bancários, no torneio promovido pela Feeb SC e Seeb Canoinhas SC, realizado no dia15/03/1997, na cidade de Canoinhas. Além do título da Competição, foi nosso atleta o artilheiro Paulo F. de Lima (Paulinho), 8 gols e o goleiro menos vazado Alencar Borssato 10 gols.

Vice Campeonato no dia 23/04/1988, na cidade de Porto União, SC. No dia 08/11/1997 Lages ficou em terceiro lugar, no Campeonato Estadual da FEEB SC, realizado na cidade de Balneário de Camboriu, sendo Campeã, a equipe do Seeb Rio do Sul e Florianópolis Vice.

Vice Campeonato no dia 23/04/1988, na cidade de Porto União, SC. No dia 08/11/1997 Lages ficou em terceiro lugar, no Campeonato Estadual da FEEB SC, realizado na cidade de Balneário de Camboriu, sendo Campeã, a equipe do Seeb Rio do Sul e Florianópolis Vice.

Dia do Bancário 28 de agosto comemorado pelo Sindicato

Outro evento marcante em nossa história, promovido pelo Sindicato em comemoração ao dia do Bancário, eram os  “Jantares Dançantes”, que oferecia além de excelente alimentação, bebidas, boa música, e  a distribuição de variados prêmios, conforme registrado no informativo da entidade, “A TROMBETA”, publicação de nº 82, referente a setembro e outubro de 2001, durante a entrega do primeiro prêmio, uma TV de 29 polegadas ao bancário Daniel Keller Alvez, empregado do Banco HSBC, agência Coral Lages.

        Numa destas festas realizada na AABB, Associação Atlética Banco do Brasil de Lages, foi sorteada uma motocicleta, que não estava programada. Uma empresa de revenda de motocicletas, de propriedade Luiz Brokveld, marido de uma bancária, fez a exposição de diversas motos e durante o jantar, ele provocou a diretoria do Sindicato para realizarmos o sorteio entre os associados presentes de uma moto. Ele propôs dar um desconto de 50% do valor da moto e o outro 50% ficaria por conta do Sindicato.
Após uma reunião rápida da diretoria, foi aprovado o sorteio, que teve como ganhador um empregado do banco Banrisul, agência Lages, conforme foto da entrega, feita pelo empresário Luiz Brokveld.

CASA DO TRABALHADOR DE LAGES, PARTICIPAÇÃO ATIVA DO SEEB LAGES NA SU CRIAÇÃO EM 1982

Os Sindicatos de trabalhadores de Lages sentindo a necessidade de unificar as luta das categorias de trabalhadores, na defesa de interesses comuns, dentre eles o atendimento médico e odontológico aos trabalhadores de Lages  e seus dependentes, criaram um grupo formado por dirigentes sindicais, e idealizaram a criação da Casa do Trabalhador de Lages.
O grande objetivo da Casa do Trabalhador de Lages foi à criação de uma Comunidade Intersindical e Assistencial, que reunisse as 10 (dez) entidades no mesmo local e assim prestarem assistência aos trabalhadores filiados aos seus sindicatos.
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages e Região, participou ativamente da idealização e Construção da Casa do Trabalhador, passando pelo projeto, aquisição do terreno e da construção do prédio.

A Comissão de Obras foi assim constituída:

Presidente, Ivandel Gonçalves Lins, Sindicato dos Papeleiros;  Secretário, Luis Carlos Peron,  Sindicato Trabalhadores Rurais de Lages; Tesoureiro, Walter Ferreira,  Sindicato dos Bancários; Conselho Fiscal: Clovis Finochetti, Sindicato dos Eletricitários; Antônio Rovedo Scoz, Sindicato Metalúrgicos e Aldo Floriani.
O representante do Sindicato ocupou o cargo de tesoureiro na comissão de obra, responsável pela execução da obra.

O terreno,  projeto e  o prédio construído, foram doados pela FUCAT – Fundação Catarinense  de Amparo ao Trabalhado, no governo de , Jorge Konder Bornhausen.

A Casa do Trabalhador está localizada a Rua Ernesto Neves nº 18, no centro de Lages, para onde o Seeb Lages transferiu a sua sede.

Este sonho se tornou realidade com a inauguração da Casa do Trabalhador de Lages, no dia 20 de março de 1982, evento este que contou com a presença do Governador do Estado, além das seguintes autoridades:
Jorge Konder Bornhausen, Governador;  Juarez de Medeiros, Secretário do Trabalho; Dr. Fernando Bastos; Dirceu Carneiro, Prefeito de Lages; Ivan Ranzolin, Deputado Estadual e Evaldo Amaral, Deputado Federal, além de diversas autoridades, o que se tornou num grande evento da cidade de Lages.

A Casa do Trabalhador por muitos anos  prestou atendimento médico e odontológico a todas as categorias de trabalhadores da cidade de Lages, pois mantinha Convênio com o INPS (hoje) INSS, que possibilitava um tratamento médico e odontológico de qualidade aos associados das entidades sindicais.

Com o fim do Convênio com INSS, a Casa do Trabalhador de Lages, ficou com seu papel principal de uma intersindical, congregando mais de dez categorias profissionais.

SINDICATO SEMPRE NA DEFESA DOS DIREITOS DOS BANCÁRIOS

Desde o ano de 1985, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages e Região, participou de todas as Mobilizações, Encontros e Congressos e principalmente das Greves Nacionais, deflagradas pela categoria bancária, durante as Campanhas Salariais, sempre lutando na defesa intransigente dos direitos dos bancários. Luta esta que sempre buscou a Recomposição dos Salários, Aumento Real e a manutenção de todos os benefícios assegurados nos Acordos Coletivos de Trabalho do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e nas CCT – Convenção Coletiva de Trabalho, FENABAN, que representa os Bancos Privados, conforme comprova alguns recortes de jornais da época que colecionamos  a este relato de nossa história.

GREVES, PROTESTOS E MANIFESTAÇÕES

OS BANCÁRIOS DE LAGES PARTICIPARAM DA 1ª GREVE NACIONAL DA CATEGORIA BANCÁRIA, NO ANO DE 1985.

Com o objetivo de realizar a primeira Greve da categoria bancária de Lages SC, a diretoria do Seeb Lages e Região, no dia 28 de agosto, dia Nacional do Bancário, aproveitaram a data, para fazer o DIA NACIONAL DE LUTA, que defendia melhores salários e melhores condições trabalho. Foi utilizado um trailer, que ficou estacionado ao lado do Calçadão da Praça João Costa, onde alguns diretores realizaram a distribuição de uma carta aberta a população, alertando sobre a possibilidade de Greve da categoria. Este protesto foi também contra ao grande número de demissões de bancários e ao número excessivo de horas trabalhadas e os baixos salários.

Capa do Jornal Correio Lageano 29 agosto de 1985
Capa do Jornal Correio Lageano 29 agosto de 1985

 

Na Carta Aberta a População, que era distribuída aos clientes e ao público em geral, os pontos que mais afligiam a categoria, conforme registramos a seguir.

Você sabia que o bancário que lhe atende, sempre cordial e solícito, recebe apenas CR$ 497.000 de salário ?

PREPARAÇÃO DA GREVE

O Sindicato na preparação e construção da primeira greve da entidade, através da diretoria, participou do Encontro Nacional dos Bancários, e da mobilização na cidade de Campinas no Estado de São Paulo, conforme fotos que comprovam este momento.

Fotos

Assembleia da categoria aprova a Greve 1985

A decretação e deflagração da GREVE foram aprovadas em Assembléia Geral Extraordinária, realizada no Centro Operário de Lages e contou com a participação de mais de 500 bancários, sendo que destes cerca de 288 bancários assinaram a lista de presença, embora alguns colegas bancários deixaram de assiná-la por medo de represália das chefias.

A decisão da Assembléia de aprovação da Greve foi transmitida ao vivo pela recém inaugurada, TV Planalto de Lages, às 23 horas, o que por si só é um fato histórico proporcionado pelo Sindicato da cidade de Lages.
O presidente do Sindicato era o companheiro Walter Ferreira, e a assembléia foi conduzida, pelo membro do Conselho Fiscal da entidade, Sr. Julcemar Jorge Patrício, que mais tarde, ocupou o cargo de presidente por mais de 20 anos.

Após a decisão da Assembléia Geral do Sindicato, pela GREVE, foram formados os piquetes, denominados “comissão de convencimento” com a finalidade de esclarecimento aos bancários e a população. Os bancários líderes em suas agências ficaram encarregados de formar estes piquetes e ligar para os demais empregados do banco e informar sobre a decisão pela greve e organizar o movimento.

Cada líder do piquete juntamente com os demais bancários ao final da assembleia, foram direto para frente dos bancos, onde permaneceram vigilantes para garantir a efetivação da Greve. Esta atitude se deu, porque vários bancários denunciaram que os gerentes dos bancos estavam exigindo que os empregados viessem para trabalhar mais cedo, até mesmo dormissem dentro do banco. Esta atitude foi fundamental para o sucesso da greve, pois conseguimos barrar a tentativa dos gerentes de furar a greve.

A seguir colacionamos cópia dos Jornal Correio Lageano que noticiou este momento da história do Sindicato, além de fotos da greve.

INTERVENÇÃO DO BANCO CENTRAL NO BANCO SULBRASILEIRO 1985

No ano de 1985, 0 Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages e Região participou de mais uma mobilização Nacional. O Banco Sul Brasileiro sofreu intervenção do Banco Central, o qual preparava o Banco para a sua liquidação. Para evitar o fechamento de todas as agências do Banco Sul Brasileiro, os empregados de todo o Brasil iniciaram uma mobilização nacional, que culminou com a garantia de trabalho para todos os empregados.

Primeiramente participamos na cidade de Porto Alegre, sede do Banco, de um ato público em repúdio a liquidação do Banco, em defesa dos empregos para todos empregados. Em seguida iniciamos uma passeata que se concentrou em frente ao Palácio Piratini, onde a mobilização exigiu a manutenção dos empregos de todos os empregados. Desse ato público participaram diversas autoridades, dentre elas destacamos o Senador Paulo Brossard, representante do Rio Grande do Sul no Senado. Durante sua Falação, Paulo Brossard, falou  “Se for necessário, daremos de relho para evitar a liquidação do Banco Sul Brasileiro”  Ele liderou juntamente com o corpo de empregados, a luta para evitar o fechamento do Banco.

Em seguida participamos com empregados do Banco de todo o Brasil, do protesto em Brasília, na defesa de manutenção do Banco e dos empregos, com a lotação de um ônibus com diretores do Sindicato e empregados de Lages e Curitibanos.
Desta luta resultou a Federalização do Banco Sul Brasileiro e a criação do Banco Merdional do Brasil, que mais tarde foi adquirido pelo Banco Bozano Simonsen, e posteriormente foi adquirido pelo Banco Santander.

GREVE NACIONAL DE 1986

Na preparação da greve de 1986, o Sindicato participou do Encontro Nacional realizado na cidade do Rio de Janeiro, com uma comitiva de 5 (cinco) diretores.

Neste ano o SEEB Lages, participou da segunda greve nacional da categoria. Desta vez, o movimento de greve e a mobilização da categoria expandiu-se de Lages, sede do Sindicato, para a base territorial da entidade, quando os bancários de Curitibanos, participaram pela primeira vez na história, da greve da categoria bancária. Presidiu a Assembléia o Sr. Julcemar Jorge Patrício, que contou com a presença de 130 (cento e trinta) bancários e decidiu pela greve histórica na cidade.

Neste ano a greve em Lages teve uma grande mobilização dos bancários para participação no movimento.  Apesar da grande preparação e de atos de conscientização da categoria e população, a Greve teve uma boa organização, mas a duração do movimento de paralisação foi da zero hora até as 14 horas em Lages. O Banco do Brasil decidiu abrir suas agências, decisão esta que forçou os demais bancos da cidade, também a abrirem as portas a partir deste horário. Este relato se faz necessário para valorizar a luta da nossa categoria profissional e não tira o brilho de nossa história .

A Greve é o resultado do fracasso na mesa de negociação entre as partes envolvidas, “os Bancos e os Bancários”. Restando aos empregados somente a paralisação das atividades, para forçar a formalização de um acordo. O resultado da greve depende sempre do tamanho da mobilização.

A foto em frente ao Banco do Brasil, agência Lages mostra a grande mobilização.

GREVE EM CURITIBANOS 1986

Nesta oportunidade, senhor Ivandel Gonçalves Lins, Presidente do Sindicato dos Papeleiros de Lages e presidente da Casa do Trabalhador de Lages, prestigiou a Assembléia, se solidarizando com a categoria bancária, permanecendo durante toda a madrugada no piquete do Cesec do Banco do Brasil Curitibanos. Nesta época a cidade de Curitibanos era Centralizadora da Compensação de Cheques e de Processamento de Dados de diversos bancos, que empregavam em torno de  500 (quinhentos) bancários.

Como forma de chamar a atenção da população, Curitibanense para a luta da categoria, foi realizada pelos bancários, uma passeata pelas principais ruas do centro da cidade, manifestação esta que recebeu o apoio dos moradores.

No ano de 1986, o número de empregados nos bancos da Base territorial do Sindicato eram em torno de 1.500 (um mil e quinhentos) bancários, hoje são em torno de 450 (quatrocentos e cinqüenta) bancários.

Alguns bancários foram fundamentais na organização e na construção do Sindicato e nas mobilizações da categoria, na cidade de Curitibanos, sendo eles, Luiz Antonio Machado, empregado da agência do BESC; Nilson José Berlanda, empregado do SERES, Processamento de Dados do BESC. Eles acreditaram na proposta da entidade na defesa dos direitos dos bancários e, mais tarde integraram a diretoria do Sindicato representando a cidade de Curitibanos.

O Luiz Antônio Machado continua na diretoria da entidade trabalhando no Banco do Brasil e o Nilson José Berlanda, se tornou empresário de sucesso de Santa Catarina, ele possui mais de 100 lojas Berlanda.

Outros bancários que foram importantes para o trabalho do Sindicato, Antonio Righues, Edésio, Juvenil, empregados do Banco do Brasil CESEC, que receberam os representantes do Sindicato de braços abertos, o que facilitou nosso trabalho, além do grande apoio de todos os bancários(as) de Curitibanos, respeitando as decisões tomadas em assembleia.

Agradecemos o apoio e incentivo a todos que de uma forma ou outra contribuíram para solidificação de nossa trabalho como entidade representativa da categoria bancária.

Passeata da Greve na cidade de Lages 1986

A exemplo do que ocorreu em Curitibanos, os bancários liderados pelo Sindicato, realizaram também uma passeata de protesto, pelas principais ruas do centro da cidade de Lages, para chamar a atenção dos moradores e receberam o apóio da população.

OUTRAS AÇÕES DO SEEB LAGES

“Bancários ganham a ação contra o BB- matéria “A NOTÍCIA” 27/05/1988 pg 14

Lages –  O Sindicato dos Bancários de Lages entrou no último dia 18 com uma ação cautelar contra o Banco do Brasil, pedindo

o pagamento da URP de abril e maio. O juiz da Junta de Conciliação e Julgamento de Lages, Antônio Carlos Chedid, julgou favorável a ação do Sindicato, e deu prazo de 72 horas para o banco efetuar o pagamento da URP de maio na folha de pagamento normal.

Segundo Julcemar Jorge Patrício, presidente do Sindicato dos Bancários de Lages, dos 400 funcionários do Banco do Brasil na região, 160 são associados ao Sindicato e vão receber o benefício. Ainda ontem o Sindicato entrou com nova ação cautelar, desta vez contra o Banco Meridional, também exigindo o pagamento da URP. Disse Patrício que “a justiça através de sua decisão reconheceu a inconstitucionalidade do decreto 2425/88 que congelou a URP de abril e maio”. Nos “próximos dias o sindicato deve entrar com novas ações contra outras agências bancárias da região”.

Correio Lageano – 15 e 16 setembro 1990
Correio Lageano 21 de setembro de 1990

De todas as Greves encampadas pelo Seeb Lages e Região, esta foi a mais consciente, sem piquetes de esclarecimentos em frente às agências bancárias de Lages. O salário da categoria estava muito defasado, um bancário, escriturário recebia CR$ 13.000,00 enquanto que um comerciário recebia CR$ 19.000,00, este foi o grande motivo da participação dos escriturários e caixas na Greve.

Nas agências permaneceram os Gerentes e Chefes de Serviços, que recebiam salários maiores. Os escriturários e caixas não estavam muito preocupados em perder o emprego no banco, porque o salário no Comércio estava maior que o dos bancos.

O Acordo fechado em razão da Greve, o salário de escriturário saltou para CR$ 28.000,00 nas cidades menores e CR$ 35.000,00 na cidade de Lages, resultado de duas semanas de mobilização.

SINDICATO SE RECUSA A ASSINAR ACORDO REBAIXADO EM 1992

Na Campanha Salarial do ano de 1992, nas negociações com o BESC – Banco do Estado de Santa Catarina se negou a cumprir o acordo da FENABAN, o que transformava os empregados do BESC, como empregados de segunda categoria.

TROMBETA EDIÇÃO 39

Matéria publicada no Informativo “TROMBETA” nº 39, de 28/09/1992 , a qual transcrevemos.

SISTEMA FINANCEIRO BESC

No Besc as negociações não foram da melhores. A direção do Banco apresentou a pior proposta de todos os segmentos patronais da categoria. Ofereceu um reajuste com base na inflação do último ano em duas parcelas, além de tentar excluir conquistas de anos anteriores e oferecer zero de produtividade. Com esta atitude, o Banco forçou a mobilização de seus empregados, que exigem mais seriedade da direção do Banco na hora de negociar.

Estava marcada para o dia 23.09.92, a greve no Besc, embora acreditássemos ser possível encontrarmos uma solução negociada com transparência.

O que ocorreu na verdade foi um “JOGO SUJO” de cartas marcadas entre a Direção do BESC e o SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE FLORIANÓPOLIS.

Enquanto os sindicatos do interior negociavam no prédio da Direção Geral, com alguns diretores, o Presidente do Banco Sr. Mércio Felski, “NEGOCIAVA”, Castelmar Hotel, com o Sindicato de Florianópolis, filiado a CUT, regados a muita mordomia, para evitar a greve. Isto é negociata e não negociação.

Foi um desrespeito  com a categoria, que acreditava na palavra do Presidente do Banco, o qual garantiu no Congresso Nacional, em Joinville, que daria tratamento igualitário as duas executivas dos empregados.

Isto não aconteceu, o Presidente do Banco, no dia 22/09/92, só apresentou a proposta aos sindicatos ligados à Central Única do Trabalhadores, contrariando as rodadas  anteriores, nas quais as propostas do Banco era apresentada a ambas executivas.

Depois, nós é que somos traidores da categoria, por apresentarmos uma proposta que continha, reajuste mensal de salários com base no INPC do mês anterior, implantação do DIREP e COREP e produtividade de 5%.

Agora analise a proposta aceita pelo Sindicato da Capital e compare com a nossa e com a  apresentada pela FENABAN, e veja  QUEM TRAIU A CATEGORIA.

Reposição de 1.049,70% referente a Inflação do último ano.

Reajuste mensal de salários de 70% da inflação do mês anterior. Produtividade de 2,7%.

Nosso Sindicato vai tentar reverter o quadro aqui apresentado. Não vamos assinar acordo que seja  inferior ao da FENABAN.”

Matéria publicada no Informativo “TROMBETA” nº 41 do mês de outubro de 1992 e distribuída a categoria, a qual transcrevemos a seguir.

SEEB-FLORIANÓPOLIS DESRESPEITA BANCÁRIOS DE LAGES E REGIÃO

Já denunciamos no Informativo “Trombeta” edição nº 39, de que havia algo absurdo na atitude do Sindicato dos Bancários de Florianópolis, que fechou acordo coletivo de trabalho com o Besc, em algumas cláusulas inferiores as apresentadas pela Fenaban, quando tradicionalmente com o Besc, sempre tivemos acordos mais vantajosos.

Agora começam a ficar mais claras as razões destas posturas, quando em 16.10.92 recebemos a informação via documento que no dia 20.10.92, estariam acontecendo algumas reuniões, nas agências abrangidas por sindicatos independentes, ligados a Federação, promovidas pelo Sindicato de Florianópolis e autorizada pela direção do banco.

No dia 20.10.92 ocorreu a dita reunião com a participação de diversos diretores daquele Sindicato. Nossa entidade sem ser convidada, se fez presente com alguns diretores, pois não aceitamos que o Seeb –Florianópolis  realizasse reuniões a revelia em nossa base.

A razão principal dos estranhos visitantes, era tão somente, defender o firmado entre eles e o Besc, postura essa que além de ofender a dignidade dos trabalhadores da categoria, mostra o acentuado desrespeito a entidade congênere  com base nos municípios visitados.

O comprometimento desse grupo de pessoas e do sindicato de Florianópolis é tamanho, que reafirmamos, a troco de que os representantes dos bancários de região da grande Florianópolis, defenderiam a proposta do banco?

Insistimos que não existe coerência na assinatura de qualquer acordo com proposta inferior a apresentada pela FENABAN. Nosso Sindicato só assinará acordo que realmente venha de encontro aos interesses dos besquianos.

Que sirva esta denúncia, para chamar a responsabilidade, o Sindicato de Florianópolis, que com sua postura, certamente dificultará a conquista de avanços necessários e que impossibilite a conquista dos anseios dos empregados do Besc, nas bases dos Sindicatos Independentes.

Veja no quadro abaixo, como ficou o acordo da Fenaban, assinado por nosso Sindicato e o Acordo do Besc, assinado pelos Sindicatos Cutistas. ”

  BESC FENABAN
Piso Escrit. 1.527.780,79 1.566.000,00
Aux. Creche 287.425,00 300.000,00
Aux. Alim.   6 hs             11.497,00 18.000,00
                   8 hs 17.246,00 18.000,00

O Sindicato de Lages e Itajaí se recusaram a assinar o Acordo Coletivo de Trabalho, porque o salário base de início de carreira ficava inferior ao do banco privado, causando uma perda irreparável na progressão salarial dos empregados.

Como todos os demais Sindicatos de Bancários de Santa Catarina haviam firmado este acordo rebaixado, a pressão sobre os Sindicatos de Lages e Itajaí foi muito grande, para que nós assinássemos este acordo.

Um fato lamentável ocorrido nesta campanha salarial foi o trabalho feito pelo Sindicato dos Bancários de Florianópolis, que em acordo com a direção do BESC, marcou reuniões com os empregados das agências das bases de Lages e Itajaí, autorizados pelo banco, a realizá-las nas dependências das agências e sem o conhecimento dos Sindicatos locais.

O presidente do Sindicato Julcemar Jorge Patrício, quando soube desta reunião, cobrou do Gerente Regional do Banco, Paulo Menina, o direito á participação da reunião, com direito ao uso da palavra, e se contrapor aos argumentos dos representantes do Sindicado da Capital.

Estiveram na reunião da agência Besc Lages Centro, os diretores do Seeb Floripa, os senhores Vânio do Santos, Artur, Edinho e mais dois, os quais não recordamos os seus nomes, além dos leões de chácara  como guarda costas.

Após 30 minutos de defesa da proposta rebaixado do BESC, feita pelos dirigentes sindicais, do Seeb Florianópolis, filiado a CUT, que defenderam o Banco e não os empregados, o nosso presidente, Julcemar Jorge Patrício, fez o uso da palavra, por 30 minutos, esclarecendo sobre os prejuízos que este acordo traria aos besquianos.

Criticamos o papel dos dirigentes do Seeb Florianópolis, que vieram defender o Banco, quando seu dever é defender sempre os empregados. Os empregados do Besc ficaram ao lado do Sindicato de Lages, negando a assinatura deste acordo rebaixado.

No final da campanha salarial assinamos um acordo com o valor inicial do quadro de carreira igual ao Piso Nacional da FENABAN. Mais uma vitória do Sindicato, que sempre a frente defendeu e respeitou os integrantes de categoria bancária.

Fotos deste momento

Demissões no Banespa  – Manifestação em 5 de julho de 1996

O Banco do Estado de São Paulo S.A., agência Lages, em conjunto com a diretoria do Banespa e os interventores do BACEN, promoveram em todas as agências fora do Estado de São Paulo.

No início foi lançado o PDV – Plano de Demissão Voluntária, juntamente com o plano de transferências para a cidade de São Paulo, para diminuir os custos do Banco e reduzir o número de empregados nas agências fora do Estado de São Paulo.

O Sindicato desde o primeiro instante lutou ao lado dos empregados, colocando a sua disposição o departamento jurídico, orientando e defendendo o direito individual, embora sempre acreditasse na estabilidade dos banespianos.

Realizamos protesto em frente ao banco em repúdio as atitudes do Banespa, no dia 05 de julho de 1996, quando distribuímos carta aberta para a população, relatando os acontecimentos.

No dia 12.07.1996 o Banespa demitiu 10(dez) companheiros, que sempre estiveram em defesa do Banco, lutando pela volta do controle ao Estado de São Paulo, coisa que os gerentes e administradores não fizeram.

Registro do Informativo “TROMBETA” Nº 69

Nos dias 16 e 17.07.96, os empregados demitidos juntamente com o Sindicato permaneceram em frente a agência Lages, colhendo assinaturas da população pedindo apoio a esses companheiros injustiçados.
Neste manifesto conseguimos 2.250 (duas mil duzentos e cinqüenta ) pessoas que assinaram nosso abaixo assinado, o qual foi anexado ao processo judicial.

Dos 10 empregados do Banespa demitidos, 5 foram reintegrados e 5 não, o que nos deixou muito tristes, porque o objetivo eram a reintegração de todos os demitidos.

FECHAMENTO DO CESEC DO BANCO DO BRASIL DE CURITIBANOS EM 1997.

Com a evolução das tecnologias bancárias, os Centros de Processamento de Dados e as Centralizadoras de Compensação foram fechadas, o que reduziu o número de bancários na cidade de Curitibanos de cerca de 500 (quinhentos) para 80 (oitenta) bancários, isto foi no ano de 1997.

Para tentar barrar o fechamento do Cesec, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages e Região, sempre atento aos anseios da categoria, organizou um protesto juntamente com a sociedade organizada da cidade, que culminou com um ato público contra o seu fechamento, realizado no dia 11 de abril de 1997, no trevo da BR 470, fechando a Rodovia  por cerca  1,30 (uma hora e trinta minutos).

Este ato contou com a participação de varias autoridades políticas, dentre  elas destacamos a presença do Deputado Federal Vânio dos Santos, do PT, além do presidente do CDL , empresários, vereadores e dos bancários de Curitibanos.  Colacionamos matérias publicadas no Jornal A Notícia e A Semana.

Colacionamos matérias publicadas no Jornal A Notícia e A Semana.

Jornal A Notícia – 12 de abril de 1997

Protesto com o Fechamento da BR 470 promovido pelo Sindicato dos Bancários de Lages e Região

Protesto contra fechamento do Cesec pára BR 470

Bancários e representantes de entidades, como CDL e Associação Comercial, fizeram grande mobilização em Curitibanos.

Jornal A NOTÍCIA – 12 de Abril de 1997 – página – A9

Infelizmente o Protesto não conseguiu evitar o fechamento do Cesec e dos Centros de Processamento de Dados, mas foi um ato que marcou a história do Sindicato.

Este fato foi noticiado por vários meios de comunicações, Rádios, TV´s e Jornais, dentre eles destacamos o Jornal “A  Notícia” de Joinville, e o jornal a Semana de Curitibanos, os quais fazem parte de nossos arquivos.

SEEB LAGES  NA DEFESA DO BESC COMO INSTITUIÇÃO PÚBLICA E ESTADUAL DE SC . 24/09/1999

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages e Região participou da luta pela manutenção do BESC como banco público, promovido pelo movimento sindical bancário de Santa Catarina.

O Seeb Lages SC, promoveu uma ATO PÚBLICO, em frente a agência central do BESC, no Calçadão Túlio Fiuza de Carvalho, que contou com a participação de diversas autoridades e sindicalistas, quando todos se manifestaram contrários a privatização do BESC.

Dentre as autoridades destacamos o Prefeito de Lages na época, Dr. Décio da Fonseca Ribeiro, Vereador Júlio Borba do PT, Vereador Nelson Amaral do PFL e Eloi, Baccin, vereador PSDB e presidente do SEC, Sindicato dos Comerciários e dos sindicalistas, Orlando Moreira, do Sincavir, Sérgio Tadeu Neves de Oliveira, do Sitimel, Sindicato dos Metalúrgicos, dentre outras personalidades da sociedade e dos representantes do Sindicato dos Bancários de Lages.

 

Correio Lageano  11 de outubro de 2001 –  página 7 – Transcrição

“PORTAS FECHADAS”

Funcionários do Besc pararam ontem e ameaçam com greve geral

Ontem, para pressionar a diretoria, as principais agências do Estado permaneceram fechadas. Os pagamentos que vencem naquela data, poderão ser quitadas hoje, sem juros.

O Banco se recusa a negociar com o  Sindicato que defende a categoria e afirma que não concederá reajuste nesse dissídio. Se a situação persistir até o próximo dia 17, data da próxima assembléia dos funcionários, possivelmente será decidido pela greve por tempo indeterminado.

Com o propósito de repor as perdas salariais, decorrentes da inflação dos últimos doze meses, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages iniciou as negociações com a Febraban – Federação Nacional dos Bancos, que ofereceu reajuste de 4%, mais um abono de R$ 750,00 pago em parcela única e participação dos lucros até o limite de 80% do salário, “O único banco que não está negociando é o Besc. Com os demais certamente entraremos em acordo, evitando a greve”, afirma o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages, Julcemar Patrício.

A paralisação de ontem afetou principalmente as agências que possuem mais de 15n funcionários. Na base do Sindicato de Lages, pararam as agências do Centro e Coral, São Joaquim, Curitibanos, e Bom Jardim da Serra. Assim, apenas os caixas eletrônicos funcionaram. Somente em Lages, centenas  de pessoas ficaram sem o atendimento.

No próximo dia 17, a categoria volta a se reunir em assembléia, avaliando a paralisação de 24 horas realizada ontem e a possibilidade de greve, que será fortalecida se até a data a diretoria do Besc não se pronunciar . “Estamos abertos para a negociação. Queremos evitar a greve que com certeza prejudicará a população”, conclui o sindicalista.

Correio Lageano

 

No ano de 2008, o Sindicato dos bancários de Lages, aderiu a Greve Nacional, sendo uma das mais fortes participações da entidade, conforme  noticiado amplamente pelos jornais locais.

 

LUTA COM BOM HUMOR

Um flagrante que marcou também o espírito de luta do Seeb Lages mostra o protesto bem humorado, contra a ganância dos Bancos, quando ofereceram reajuste zero para a categoria bancária. Contratamos atores para representar a diferença entre o Lucro dos Bancos e o Salário dos  Bancários.  Lucro dos Bancos, foi representado por um boneco de perna de pau e o Salário do Bancário, foi representado por um anão. Com essa dupla passamos pela frente de todos as agências do centro de Lages. Com esta mobilização a categoria realizou mais uma greve, que  quebrou  a intransigência  dos banqueiros e fechamos acordo com ganhos reais para os bancários.

Protesto fecha agência do Banco Itaú pela falta de empregados

Março de 2013

Ato público quer mostrar a verdade sobre o BESC / 1999

Sindicato dos bancários questiona os encaminhamentos tomados em relação ao Besc pelo governo Amin. Julcemar explica que a proposta é esclarecer a população e insistir pela manutenção de um Besc público.

Foi montado um palanque, em frente o BESC agência central, onde o sindicato e autoridades se pronunciaram contra a liquidação do Banco, em defesa Banco dos catarinenses.

BESC – Banco do Estado de Santa Catarina lança PDI

No ano de 2001, um acontecimento que marcou a história do Sindicato, quando o BESC – Banco do Estado de Santa Catarina lançou sofreu a intervenção do BACEN, Banco Central e lançou o PDI – Plano de Demissão Incentivada, como forma de diminuir o quadro de empregados da instituição, que estava sob intervenção do Banco Central.

O Sindicato se posicionou contrário a este PDI, por considerar prejudicial aos empregados, porque não teve a participação dos representantes dos empregados, ou seja dos Sindicatos em nível estadual.

Para a assinatura  do Acordo Coletivo do PDI BESC, era necessário a realização de uma assembléia  geral e a sua aprovação pelos besquianos. O sindicato não convocou a assembléia, e coube aos empregados do Besc, os maiores interessados, se utilizarem da previsão estatutária e solicitarem a realização desta assembléia.

BESC – Banco do Estado de Santa Catarina lança PDI

Com o pedido dos empregados interessados, o Sindicato acatou o pedido e convocou a assembléia.

Realizada a assembléia pela diretoria do Seeb Lages e Região, a proposta de acordo do PDI / Besc, e submetida a votação, foi aprovada a assinatura pelo Sindicato do PDI, para a base territorial da entidade. Assim os empregados do Besc que tinham interesse se inscreveram a fizeram a sua adesão ao PDI e se desligaram do Besc.

Nosso Sindicato foi à última entidade representativa da categoria, a assinar este acordo, em cumprimento a decisão da Assembléia, e assinou o acordo para a implantação do PDI/BESC.

Greves sem demissão de participantes.

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Lages e Região têm o prazer e orgulho de  registrar, que durante todos os movimentos de Greve que a entidade participou, em todas  as Campanhas Salariais, a partir do ano de 1985, até o ano de 2016, última greve nacional da categoria bancária, nenhum(a) empregado(a)  das agências bancárias da base territorial do Sindicato, foram demitidos, por terem participado  desses movimentos de paralisação .

INFORMATIVO TROMBETA

A diretoria do Seeb Lages e Região em reunião decidiu criar o Informativo “TROMBETA”, um instrumento de comunicação da entidade com os bancários. Um fato marcante na história da categoria bancária ocorreu quando era feita a distribuição do exemplar de número 6 de 1986 do nosso Jornalzinho.

No dia, 23 de junho de 1986, houveram ameaças de bomba no Banco Itaú e no Banco Real de Lages. O diretor Sindical e tesoureiro do Sindicato, Julcemar Jorge Patrício, empregado do Banco Itaú, que estava realizando a distribuição do Informativo “Trombeta”, que destacava a demissão de grande número de bancários no Estado de Santa Catarina e no Brasil.  As manchetes do Informativo eram o “O Mapa do Terror”, e “Banqueiros na Cadeia”.

O fato ocorreu por volta das 12:00 horas, a agência do Banco Itaú encontrava-se fechada pela Polícia Militar, devida a ameaça de explosão de bomba, feita por telefone, caso a agência do Banco fosse aberta para atendimento ao público. Esta informação só conhecida parcialmente dentro da agência e na Delegacia Regional de Polícia.

Havia muito tumulto em frente à agência do Banco Itaú, carro da PM, diversos policiais e alguns bancários de outros bancos que estavam no outro lado da Rua Coronel Córdova. Alguns conversavam com Julcemar, que era empregado do Banco Itaú indagando o que estava acontecendo, ele informou que não sabia, pois estava entregando o Informativo do Sindicato.

Comentou com alguns colegas a respeito das notícias veiculadas no informativo “TROMBETA” e aproveitou a oportunidade para entregar alguns exemplares, já que eles estavam no intervalo do almoço.

Neste momento, uma pessoa que acompanhava a movimentação em frente à agência, que mais tarde foi identificado como Delegado Regional de Polícia, Etelino Steil, que escutava a conversa do diretor do Seeb com os bancários solicitou ao Julcemar um exemplar para ler, o que foi lhe entregue. Após alguns minutos ele disse em voz alta “está aqui nosso homem”, apontando para nosso diretor.

Em seguida os policiais chamaram o Tenente, comandante da guarnição da Policia Militar, que juntamente com o Delegado encaminharam Julcemar para dentro da agência. Sem saber do que se tratava, Julcemar dentro da agência teve sua bolsa tiracolo confiscada além dos exemplares do Informativo. O Tenente falou com o gerente da agência, apresentando o Julcemar como o suspeito de ameaçar explodir o prédio do Banco, pois estava distribuindo jornal terrorista em frente ao Banco.

O Gerente informou ao comandante da guarnição que o Julcemar era empregado do Banco Itaú e trabalhava no Sindicato e não acreditava que ele fosse o responsável pela ameaça e mesmo assim mantiveram a detenção do nosso diretor.

Em seguida nosso diretor foi preso no Camburão da Polícia Militar que se encontrava estacionado sobre a calçada, em frente ao Banco, permanecendo ali cerca de 40 minutos.

Por ser um cidadão muito conhecido e de excelente reputação na cidade, rapidamente a diretoria do Sindicato e o advogado do Sindicato, Dr. Irineu Pamplona, e familiares foram avisados.  Assim que foi informado, o Dr. Pamplona ligou para o João Cardoso, que era o Secretário do Trabalho de SC, relatando o ocorrido. Este por sua vez se comunicou com o Secretário da Segurança Pública do Estado, para preservar a integridade de nosso diretor.

Ao chegar à Delegacia de Polícia, o Delegado de Plantão, não perguntou nada sobre a ameaça de bomba, apenas solicitou para Julcemar verificar se seus pertences estavam todos dentro da sua bolsa, com a confirmação lhe foi devolvida e ele liberado.

Diante deste acontecimento, o movimento sindical de Lages e a Casa do Trabalhador em solidariedade ao companheiro, publicaram no Jornal o Correio Lageano, uma nota de repúdio à postura da PM e do Delegado, que detiveram injustamente um dirigente sindical no desempenho de suas funções.

Este acontecimento repercutiu em três jornais de circulação na cidade de Lages, conforme recortes. O “Diário Catarinense”, Capa de “O Estado” edição 24 de junho e “Correio Lageano”

 

PRODUÇÃO DE VINHO NA SEDE CAMPESTRE “Walter Ferreira” in memoriam

O Sindicato possuiu uma sede Campestre, com área de 100 mil metros quadrados, localizada na BR 116, ao lado da antiga empresa “Corema”, Concessionária de Caminhões Mercedes Benz, adquirida no ano de 1985

Esta Sede Campestre contava com um Salão de Festas em Madeira de Lei, com capacidade para 200 pessoas, uma Cantina para fabricação de vinho, em alvenaria, que ficava localizado no subsolo do Salão, um parreiral com 200 pés de Uva Isabela, Cancha de Bocha, além de dois Campos de Futebol, sendo um campo Suíço.

PRODUÇÃO DE VINHO NA SEDE CAMPESTRE

Com as uvas produzidas na sede Campestre do Sindicato era produzido, vinho tinto de mesa seco, que depois de engarrafado e rotulado, era distribuído a todos (as) associados(as) do Sindicato que recebiam sua garrafa de vinho.

Uma garrafa de vinho, desta produção que ajuda a manter a memória e a nossa história, está com o ex- presidente, Julcemar Jorge Patrício, que a guardou com muito carinho por todos estes anos, que hoje serve como registro histórico.

Infelizmente em dezembro 1991, este Salão foi consumido por um incêndio, como não possuía seguro, o Sindicato precisou iniciar a construção de novo Salão de Festas e Cantina, os quais não foram concluídos.

Apesar do esforço da diretoria do Sindicato para a reconstrução do Salão de Festas, através da realização de uma rifa, que sorteava diversos prêmios, entre eles, o principal era uma linha telefônica. Com o resultado financeiro da rifa, foi adquirido e instalado a estrutura de concreto em pré-moldado, porém com a diminuição do número de empregados e conseqüentemente de associados, a diretoria da entidade decidiu paralisar as obras de reconstrução, para manter viável o Sindicato, financeiramente.

Forçados pelo alto custo de manutenção da sede foi preciso vender a Sede Campestre e com os recursos provenientes desta transação que ficou aplicada em CDB, por muitos anos.

Sendo que mais tarde foi utilizada na compra do terreno e construção da nova sede do Sindicato hoje.

Distribuição de Vinho produzido na Sede Campestre do Seeb Lages

A distribuição de uma garrafa de vinho aos associados está registrada em diversos informativos como segue.

Distribuição de Vinho produzido na Sede Campestre

Lazer promovido pelo SEEB Lages e Região

O Sindicato por alguns anos realizou o Baile do Bancário, oportunidade em que a categoria se confraternizava em comemoração ao Dia do Bancário, que ocorre no dia 28 de agosto.
Só para registrar, foi num baile do Bancário no clube 1º e Julho, que eu conheci a minha Esposa.

Outros Eventos que marcaram a História do Seeb Lages e Região, foram dois Concursos da “Mais Bela Bancária” da categoria, realizados, nos anos de 1978 e 1987.

O primeiro evento da A MAIS BELA BANCÁRIA foi realizado no Clube Princesa da Serra, durante o Baile do Bancário, no ano de 1978.

A mais bela bancária de 1978 foi Marilene Terezinha Ehlers, representante do Bradesco Lages.

O presidente do Sindicato Walter Ferreira, homenageando a vencedora do Concurso

Comissão julgadora do concurso

O segundo evento da “A Mais Bela Bancária” do Sindicato dos Bancários de Lages, foi realizada na Boate Companhia Ltda., em 27/11/1987, local recém inaugurado, e mais badalado da cidade. Esta edição contou com a participação de 12 candidatas de várias cidades da base territorial do Sindicato, marcando a grande representatividade do Sindicato, além de contar com a participação de um grande número de bancários que prestigiaram esta iniciativa.

Fotos do evento